Análise: gratuito, Fifa 14 para Android e iOS não vale o download:

Há hoje uma tendência no mercado de games de tentar oferecer jogos gratuitos ao consumidor. Tudo seria muito bacana, se não fosse pelo fato de que os jogos não são, de fato, grátis. O modelo de negócios, apelidado de “freemium”, traz versões extremamente limitadas de jogos, praticamente "injogáveis", na intenção de permitir que o usuário faça o download livremente, mas forçá-lo a pagar se ele quiser fazer qualquer coisa diferente no game. É o caso de Fifa 14 para Android e iOS.


Após fazer o download gratuito, você é surpreendido por uma bela animação e a frase “EA Sports, it’s in the game”. Você logo se sente preparado para ter uma experiência digna de Fifa, mas não é o que acontece. Frustração é o que segue.

Antes de tudo, para participar de um “jogo rápido”, é preciso pagar. O valor de R$ 10 não é muito alto para um jogo assim, mas poderia ser cobrado logo ao baixar o app, já que é praticamente impossível fazer qualquer coisa dentro do game.
ReproduçãoDesta forma, você não pode escolher os times com os quais jogará, nem seus adversários. Se quiser jogar, precisará respeitar os limites dos “jogos da semana”, que são uma lista de confrontes predefinidos pela EA. Se quiser escolher os times que usará na partida, poderá jogar apenas disputas de pênalti.

O único modo realmente liberado do jogo é o Ultimate Team, espécie de jogo de cartas com jogadores de futebol reais. O formato é interessante para quem se interessa, embora o apelo seja restrito, por burocratizar um pouco o game. Muitos prefeririam apenas jogar. O motivo de estar liberado é que a EA fatura muito dinheiro com microtransações dentro deste modo de jogo.

Isso não incomoda tanto quanto a jogabilidade do Fifa para celulares e tablets. Existe uma razão pela qual jogos como Angry Birds, Cut The Rope e Fruit Ninja fazem sucesso: eles foram feitos pensando em telas de toque. É difícil imaginar qualquer um desses jogos fazendo sucesso em outra mídia. O caso de Fifa 14 é exatamente o contrário; o game é feito para jogar com um joystick na mão. Ao tentar utilizá-lo no modo touchscreen, muitas vezes sua mão cobre a tela, impedindo a visualização completa do campo, algo indispensável para um jogo de futebol.

O jogo até responde bem aos comandos do jogador, mas eles são tão pouco intuitivos que você provavelmente irá penar bastante para compreendê-los. E o game sabe dessa falha, tanto que os tutoriais de como realizar alguma tarefa estão sempre pipocando na tela.

Fica o elogio aos gráficos, que, obviamente, não fazem frente à versão para Playstation 3 e Xbox 360, muito menos às de consoles de nova geração, mas mostram que cada vez mais as plataformas móveis estão se aproximando de um patamar de potência que viabilize jogos cada vez mais pesados e rebuscados. Em um smartphone potente, as animações são extremamente fluidas.

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